3 Fatores Básicos Afetam o Caimento Tecido Artesanal3 Fatores Básicos Afetam o Caimento Tecido Artesanal Três fatores básicos afetam o caimento: fio/fibra, estrutura da trama e densidade da urdidura/trama.

Eu sei que diferentes tipos de fibras e estruturas de trama fazem a diferença, mas existem algumas diretrizes gerais? Por exemplo, uma trama simples dá mais ou menos caimento do que uma sarja reta? Existe uma maneira de obter um bom caimento com um projeto tecido na técnica do “overshot”?

Esta é uma excelente questão! Você será capaz de respondê-la mais por experiência própria do que perguntando a alguém.

Os Três fatores que afetam o caimento do tecido artesanal:

  • fio/fibra,
  • estrutura da trama e
  • densidade da urdidura/trama.

Alguns tipos de fibras são mais macios e flexíveis do que outros. Descobrimos isso facilmente quando comparamos a lã com o linho, por exemplo. Não podemos esquecer que os fios altamente torcidos são mais rígidos do que os fios fiados frouxamente.

Também é bom lembrar que o tipo de fibra afeta a sensação de um tecido além do seu caimento; o linho tem caimento, por exemplo, mas tem um toque completamente diferente do da seda, lã ou algodão.

As estruturas de trama com flutuações têm mais caimento do que a trama simples. Entretanto, em geral, sarjas são boas escolhas para roupas, lenços e xales.

Provavelmente a maior influência no caimento é a densidade da urdidura e da trama. Quanto mais espaçados os fios, mais caimento terá o tecido. Acredita-se geralmente que se os fios de urdidura forem ligeiramente mais densos que os fios de trama, o caimento é melhor na direção da urdidura.

Como você pode projetar tecido com o caimento desejado?

Se você continua se perguntando se existe um método para determinar qual a técnica (ou ponto) de tecelagem que proporciona maior caimento ao tecido pronto. Eu respondo que sim. Existe.

E o método que dará a você condições de determinar como tecer seu projeto para que ele tenha mais caimento, é o processo de amostragem.

Isso mesmo: amostragem e experiência são os métodos seguros para escolher o “ponto” para tecer.

E por ponto, me refiro não somente à técnica (se overshot ou ponto tela), mas também ao espaçamento dos fios de urdume, à espessura dos fios de urdume, a densidade da trama, à espessura dos fios de trama, etc, etc, etc.

Adquirir o hábito de se fazer amostras é tão necessário quanto o próprio tear, no processo da tecelagem.

Meu conselho: faça amostras de tudo. Se for preciso, teça uns centímetros a mais, recorte e guarde como amostra.

É importante organizar suas amostras:

Mas cuidado! Tão importante (ou mais) quanto tecer as amostras, é mantê-las devidamente catalogadas e organizadas.

Tenha o capricho de montar um portfólio (um álbum, um caderno) com suas amostras e, ao lado de cada uma faça anotações sobre:

  1. marca, qualidade, espessura dos fios de urdume;
  2. espaçamento entre os fios de urdume, no tear;
  3. marca, qualidade, espessura dos fios de trama;
  4. técnica utilizada na tecelagem;
  5. tipo de tear (se pente liço, tear de pedal, etc.).

Anote tudo, inclusive se o tempo estava úmido ou seco – isso influencia a tecelagem com folhas vegetais na trama.

Tecer amostras, além de ser um processo para aquisição de experiência e também para testar materiais e técnicas, é um excelente processo de aprendizagem.

Particularmente, considero a amostragem a melhor maneira de determinar o caimento de um tecido artesanal com sucesso.​

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